As “orelhas de abano” ou orelhas descoladas têm uma origem e causa genética, é de nascença, e é uma das malformações das orelhas mais frequentes. Pode causar graves perturbações com perda da autoestima, insegurança, complexos e alterações da vida social, familiar, académica e afetiva. Pode acontecer tanto em homens como em mulheres.
Desde muito novas, estas pessoas podem começar a sentir esse “problema”, sobretudo quando começam a socializar indo para a escola. As crianças são muito críticas e não perdoam, não tendo quaisquer rodeios ou pudores em chamarem nomes e alcunhas várias que vão marcando e estigmatizando estas crianças com eventuais consequências para toda a vida.
A orelha é uma das partes do corpo humano que poderá trazer o estigma familiar: «Tem as orelhas do pai!…». Muitas vezes as “orelhas de abano” são encontradas em vários membros da família e constituem uma identificação “negativa”, principalmente pelo facto de gerar troça e alcunhas.
Por desconhecimento de que se pode e deve tratar o mais cedo possível ou por outras razões, muitos chegam à adolescência ou mesmo a adultos com esta situação por resolver. Por não saberem da existência de correção ou julgando tratar-se de uma cirurgia complicada ou com anestesia geral e internamento.
O momento ideal para se realizar a cirurgia de correção destas orelhas – Otoplastia – é a partir dos 5 anos ou antes, logo após terminar o crescimento das orelhas, antes da entrada para a escola, podendo assim ser realizada em qualquer idade. É importante que a criança já perceba que vai fazer uma cirurgia e que tem que ser cooperante e colaboradora.
Vai haver uma melhoria da autoestima e de muita coisa: rapazes que usavam cabelo comprido para tapar as orelhas passam a cortá-lo; raparigas passam a apanhar o cabelo, a usar “rabo-de-cavalo” …. Tudo muda para melhor, desde o rendimento escolar às relações familiares, sociais e afetivas.
Existem muitas técnicas cirúrgicas para tratar esta situação. A técnica realizada na Clínica Milénio conhecida por OTOPLASTIA REBELO’S®, é realizada sob anestesia local, com sedação e sem internamento. As características desta técnica e que a diferem de outras é que as cicatrizes ficam atrás das orelhas, não se tira nada – nem pele, nem cartilagem – e a percentagem de recidivas é quase nula. Os pontos são absorvíveis, não sendo preciso tirar.
O pós-operatório é bem tolerado com poucas ou nenhumas dores.
O resultado desta operação vê-se logo, mas a estabilização ocorre a partir dos 3 meses após a cirurgia.
É importante ressaltar que é muito difícil conseguir 100% de simetria, porém a diferença entre uma orelha e outra é comum e é natural.
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