O que é a Doença Venosa Crónica?

O que é a Doença Venosa Crónica?

As queixas da doença venosa crónica vão desde os simples derrames, passando por cansaço, edemas, sensação de peso e a ocorrência de varizes. As varizes são veias dilatadas e tortuosas que se desenvolvem sob a superfície cutânea, dependendo da fase em que se encontram, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre.

Os fatores de risco são múltiplos, cerca de 50% das pessoas com varizes têm família que também possuem veias varicosas, as mulheres são 2 a 3 vezes mais propensas do que homens. As múltiplas gravidezes, o uso de anticoncecionais, a obesidade, o tipo de ocupação e a vida sedentária são igualmente fatores importantes.

Com o uso do ecodoppler, exame não invasivo e indolor, tornou-se simples e rápida a avaliação clínica, permitindo diagnosticar os mais diversos tipos de patologias vasculares. Após termos o diagnóstico passamos à terapêutica, e aqui temos vários grupos. Temos a terapêutica médica, compressiva, a escleroterapia, a terapia por laser e a cirurgia.

A terapêutica oral (comprimidos) não tem qualquer ação profilática no aparecimento de varizes. Está indicado sempre que exista edema, sensação de peso e cansaço, como coadjuvante do tratamento das úlceras de perna, na síndrome pré-menstrual e como profilaxia do edema nos voos de longo curso.

A terapêutica compressiva consta de dois tipos, as meias elásticas, até ao joelho, até raiz da coxa ou collants, com ou sem biqueira, encontram-se distribuídas por 4 classes, consoante o tipo de compressão.

Existem também as meias de descanso que são exclusivamente para pessoas sem patologia documentada.

A escleroterapia (vulgarmente conhecida por secagem) consiste numa injeção de um medicamento num pequeno vaso, que vai provocar uma irritação da parede da veia levando ao desaparecimento. Este tratamento implica várias sessões, muito bem toleradas. Na laserterapia, também são necessárias várias sessões, praticamente indolor, e pode retomar a atividade normal.

Quanto à cirurgia pode ser o comum “stripping” da veia ou a utilização de técnicas endovasculares (VNUS ou Laser), estas sem incisões, sem hematomas e indolor no pós-operatório.

Perante quaisquer queixas de DVC deve consultar sempre um especialista.

Artigo original aqui

Escrito por Dra. Teresa Vieira

Licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Assistente Hospitalar em Cirurgia Vascular. Especialista pela Ordem dos Médicos em Cirurgia Vascular. Membro de várias Sociedades Médicas Nacionais e Internacionais da área da Cirurgia Vascular.