A juventude/ adolescência (consoante a legislação dos Países varia entre os 12 e os 18 anos), é um período fundamental, preponderante e determinante para o que vai ser o resto da vida e pelo qual todos passamos de uma forma melhor ou pior. É um período em que as transformações físicas e psíquicas atingem uma fase que muitas vezes vai ser a definitiva. Por isso este período é tão importante e muitas vezes difícil de ultrapassar, cheio de novidades, definições, contradições e incompreensões.
A Cirurgia Estética é um ramo da Cirurgia Plástica dedicado à forma, contorno e aparência exterior. Trata-se de uma área da Medicina controversa ou mesmo polémica, mais ainda se a aplicarmos a gente jovem.
Para muitos uma cirurgia estética é considerada supérflua ou mesmo luxuosa ou de necessidade duvidosa no que respeita à saúde das pessoas.
Não partilho dessa opinião pois todo o exterior tem repercussões no interior e vice-versa e por outro lado a própria definição de saúde da Organização Mundial de Saúde vem em favor do que defendo “…a saúde é o bem-estar físico, mental, social…”.
Mesmo dentro do meio Médico e da própria Cirurgia Plástica há quem se oponha à realização de cirurgias estéticas em jovens com argumentos e defesas hoje completamente inaceitáveis e ultrapassados. Também não posso partilhar nem concordar com esta corrente pois a própria Cirurgia Estética evoluiu, tanto com técnicas menos invasivas, menos cicatrizes, menos tempo de incapacidade para a vida habitual, sem alterações para uma vida normal futura, sem internamentos com muito mais benefícios e resultados positivos.
No meio e ambiente dos próprios jovens existe ainda um certo pudor e desconhecimento de que a Cirurgia Estética também é para jovens, pensando muitos que esta especialidade é para pessoas mais velhas. Muitas vezes este tema não pode ser abordado entre jovens, por ser logo alvo de críticas, gozo e brincadeiras negativas. Errado. A Cirurgia Estética não escolhe idades como nada em Medicina. Tem momentos e indicações próprias, sem dúvida, mas não pode ser marginalizada nem mal vista pois tem seguramente um papel importante de ajuda em muitas situações que além de não terem outra solução, que não a cirúrgica, vão ser determinantes na definição da autoestima, segurança, relacionamento e ter consequências na esfera social, familiar, afetiva, académica e profissional.
Apesar das correntes contra, vindas de amigos, familiares, colegas, namorados, professores e às vezes até dos próprios pais e médicos, hoje em dia já há uma viragem significativa nesta corrente em que, felizmente para quem precisa, já há apoios e encorajamento para a solução de problemas de ordem estética que afeta e mesmo atormenta muitos jovens. Apoio dos pais, amigos, familiares, namorados, colegas, professores e até enviados e recomendados por outros médicos.
As alterações de ordem estética são muitas vezes de origem genética e não podem ser alteradas sem uma ajuda concreta e objetiva. Não escolhem idade nem sexo. Podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Para se decidir quanto à realização duma Cirurgia Estética em jovens tem que se saber se essa parte do corpo que se quer operar já está definida quanto à forma e tamanho, daí haver mais ou menos uma idade a partir da qual já se pode operar cada parte. Tem que haver uma autorização por parte dos pais/encarregados de educação por questões legais.
Todas as situações passíveis de uma cirurgia estética passam por uma consulta médica prévia, onde é feito o diagnóstico, pedido de exames complementares de diagnóstico e proposta a solução cirúrgica com ou sem tratamentos complementares.
Deve-se desmistificar, esclarecer, informar e ajudar jovens que tenham situações ou problemas que os desgostem ou perturbem, tendo assim uma oportunidade de ver se há ou não solução para o seu caso.
A maioria das técnicas por mim praticadas, são sem internamento, sem anestesia geral, com recuperação rápida, poucas restrições, menos cicatrizes e quase impercetíveis, sem perturbações futuras quanto a gravidezes, amamentações, etc.
Na área da Estética poder-se-á falar ainda nos tratamentos de Medicina Estética, em que tem havido um grande desenvolvimento, que servem para complementar cirurgias ou mesmo serem tratamentos em que a cirurgia não é solução, como os “peelings”, laser, carboxiterapia, endermologia, etc.
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